Muita gente deseja atingir um nível de desempenho profissional e pessoal muito acima da média das pessoas consideradas “comuns”. Isto é legítimo e necessário, se a pessoa quiser atingir resultados exemplares e irradiar influência luminosa nos ambientes que frequenta. É necessário uma busca pelo autoconhecimento.
Para atingir esse nível exemplar é preciso, antes de qualquer coisa, definir os objetivos que quer conseguir. Isso exige conhecimento de si próprio em profundidade, ou seja, é necessário avaliar o potencial competitivo e identificar vantagens e desvantagens, que dispõe e tem que superar, para atingir os resultados almejados.
Isso só é possível, se o indivíduo conseguir avaliar bem as condições externas, que estão nos ambientes onde terá que atuar para atingir os resultados desejados. Muitas variáveis interferem na dinâmica dos ambientes onde a pessoa atua; e nem sempre se tem controle sobre as mais decisivas. Muito menos, sobre as que, eventualmente, assumem importância imprevista e interferem nos resultados, impedindo o atingimento dos objetivos.
Atualmente, a competição pelo sucesso torna-se cada vez mais complexa e de difícil consecução, considerando que fazer sucesso não é somente fazer dinheiro, mas também realizar projetos relevantes para si próprio e para os setores da sociedade que podem se beneficiar das ações do indivíduo.
Fazer sucesso não é impossível, tampouco as dificuldades são intransponíveis.
É necessário aguçar o senso de oportunidade e estar preparado para aproveitar ao máximo quando oportunidades aparecerem. O excesso de informações inúteis e voltadas apenas para seduzir pessoas como consumidoras de produtos e serviços que nem sempre precisam, tem se tornado um grande obstáculo a quem necessita aprimorar seu discernimento. A grande batalha está no melhor aproveitamento do tempo e na sua aplicação focada no atingimento dos objetivos previamente definidos.
O desperdício de tempo também está presente na indefinição de objetivos e na vacilação em aproveitar as melhores chances. Para corrigir as deficiências do não aproveitamento do tempo e da postergação, do adiamento contínuo, é necessário analisar a rotina diária do indivíduo e da repetição de seus rituais, manias, hábitos nocivos, tudo que o leva a práticas ruins. É preciso ganhar tempo. E ter tempo livre é, hoje, uma conquista de cidadania. São muito poucas as pessoas que conseguem ter tempo livre para utilizá-los com qualidade.
Portanto, o alto desempenho está diretamente relacionado ao autoconhecimento. É preciso olhar com detalhes como nos relacionamos com as coisas e com as pessoas. É necessário definir ações e praticar as melhores formas de trabalho, que nos permitam liberar tempo para que possamos focar nos nossos objetivos.
Todos sabemos o quão difícil é sair da rotina viciosa do trabalho repetitivo e improdutivo, das ações rotineiras que nos consomem tempo e nos angustia. A sensação de tempo perdido, desperdiçado, é muito ruim e nos leva até a adoecer emocionalmente, pois não sabemos como superar o impasse gerado pelo tempo que passa, inexoravelmente, e não conseguimos aproveitá-lo melhor. A sensação de envelhecer sem aproveitar a vida é uma das mais cruéis que o indivíduo sente. Por isso, é decisivo definir objetivos e planejar como atingi-los. Para isso, a boa relação com o tempo é fundamental.
Antonio Flavio Testa é Doutor em Sociologia, Antropólogo e Especialista em Planejamento Urbano, ambos pela Universidade de Brasília. Foi um dos palestrantes do 1° Congresso Online Nacional de Autoconhecimento para Alta Performance.