Nós ensinamos as pessoas a como nos tratar

Blog Alta Perfomance

Junte-se àqueles que querem receber conteúdos e estratégias práticas para melhorar a efetividade pessoal!
 

*Eu quero receber os e-mails e informações do blog

Nós ensinamos as pessoas a como nos tratar,  significa que você é responsável pela maneira como é tratado – afinal, a verdadeira liberdade não reside na simples negação dos aspectos negativos, mas na capacidade de integrá-los e de transformar o sofrimento em aprendizado. Essa visão implica que o processo de autotransformação envolve tanto o estabelecimento de limites claros quanto o enfrentamento do que não nos agrada.

Inicialmente, é mister reconhecer que o debate entre as ideias de Phillip C. McGraw (Dr. Phil) e as reflexões de Jordan Peterson não é meramente uma comparação superficial de aforismos, mas um convite à reflexão profunda sobre como nos posicionamos perante as relações interpessoais e a realidade existencial. Ambas as proposições – a Lei da Vida de Dr. Phil, sintetizada na máxima “Nós ensinamos as pessoas a como nos tratar”, e a terceira regra de Jordan Peterson, “Não esconda na névoa o que é indesejável” – apresentam, cada uma à sua maneira, um apelo à responsabilidade pessoal e à autenticidade no convívio humano.

Ademais, ao analisar a máxima de Dr. Phil, constata-se que ela se fundamenta na ideia de que os limites que permitimos em nossas relações definem a qualidade do tratamento que recebemos. Em outras palavras, a forma como nos comportamos – desde a maneira de nos comunicarmos até o modo como estabelecemos nossos limites – envia um sinal ao mundo acerca do respeito que estamos dispostos a aceitar. Assim, se permitimos comportamentos abusivos ou desrespeitosos, indiretamente ensinamos aos outros que tais atitudes são aceitáveis.

Além disso, essa proposição possui uma dimensão pedagógica e ética: ela exige autoconhecimento e coragem para assumir a responsabilidade por nossas próprias interações. Dessa maneira, torna-se imperativo cultivar uma postura ativa na definição de nossos limites, pois somente assim poderemos construir relações mais saudáveis e recíprocas.

Por outro lado, a terceira regra de Jordan Peterson, extraída de seu livro “Além da Ordem: Mais 12 Regras para a Vida”, sugere que devemos trazer à luz aquilo que preferiríamos manter oculto – o indesejável, o incômodo, o aspecto sombrio de nossa existência. Em essência, Peterson argumenta que, ao confrontar os aspectos negativos ou indesejáveis da realidade, evitamos que eles se tornem forças destrutivas em nossas vidas. Essa postura não é apenas um exercício de coragem, mas também um método de integração psicológica, que permite a transformação do caos em ordem, conferindo-nos maior resiliência diante dos desafios.

Consequentemente, se por um lado Dr. Phil nos convida a estabelecer limites claros, ensinando aos outros o que se espera do relacionamento, por outro lado, Peterson nos adverte contra a tendência de ignorar ou reprimir os aspectos negativos – pois a omissão pode permitir que estes se acumulem e se tornem prejudiciais.

Portanto, o contraponto entre as duas ideias reside na forma como lidamos com as adversidades e os desafios interpessoais. Enquanto a Lei da Vida de Dr. Phil enfatiza a responsabilidade pessoal na condução das relações, a regra de Peterson nos convoca a não encobrir o que é desagradável, mas sim a enfrentá-lo de maneira honesta e construtiva.

Contextualizando os Conceitos

Inicialmente, é relevante situar as origens e o contexto de cada proposição. Dr. Phil, conhecido por sua abordagem prática e direta em programas televisivos e livros de autoajuda, desenvolveu uma filosofia de vida que enfatiza a importância de assumir o controle sobre as próprias relações. Seu aforismo “Nós ensinamos as pessoas a como nos tratar” sintetiza a ideia de que o comportamento individual e os limites estabelecidos – ou a ausência deles – moldam a forma como os outros se comportam conosco. Essa perspectiva, embora simples à primeira vista, possui profundidade ao revelar que o respeito e o tratamento digno são conquistas que dependem, em grande medida, da autovalorização e da assertividade do indivíduo.

Por outro lado, Jordan Peterson, renomado psicólogo clínico e pensador contemporâneo, utiliza uma linguagem rica em referências mitológicas, filosóficas e científicas para abordar os desafios existenciais. Em “Além da Ordem”, Peterson aprofunda a noção de que a realidade é composta por um equilíbrio tênue entre ordem e caos – e que ignorar os aspectos indesejáveis, ou deixá-los “na névoa”, pode minar a nossa capacidade de transformar a adversidade em aprendizado.

Ademais, ao aprofundar esses conceitos, percebemos que ambos os pensadores compartilham uma ênfase na responsabilidade individual, mas se diferenciam quanto à estratégia de enfrentamento. Dr. Phil adota uma abordagem de autoafirmação e de estabelecimento de fronteiras claras, enquanto Peterson propõe o confronto direto com o lado sombrio da existência, acreditando que a negação do indesejável impede a integração do self e contribui para o sofrimento prolongado.

Por conseguinte, a intersecção entre esses pensamentos reside na ideia de que somos, em última análise, responsáveis pela qualidade de nossas vidas – seja através da forma como permitimos que os outros nos tratem, seja através da maneira como lidamos com os aspectos negativos e inevitáveis do nosso ser.

Análise da Lei da Vida de Dr. Phil -Nós ensinamos as pessoas a como nos tratar

Primeiramente, a máxima “Nós ensinamos as pessoas a como nos tratar” revela uma visão pragmática e, ao mesmo tempo, profundamente ética das relações interpessoais. Essa ideia postula que o tratamento que recebemos não é fruto de uma casualidade, mas sim de um reflexo das mensagens que transmitimos através de nossas atitudes.

Posteriormente, se considerarmos o cenário cotidiano, torna-se evidente que comportamentos passivos ou acomodados podem ser interpretados como sinais de fragilidade ou de falta de autoestima. Dessa forma, ao não impor limites ou ao não demonstrar autoconfiança, o indivíduo acaba, inadvertidamente, autorizando que os outros se aproveitem de sua boa vontade.

Além disso, essa filosofia pressupõe que o autoconhecimento é um pré-requisito essencial para o sucesso das interações sociais. Ao entender nossos próprios valores, desejos e necessidades, somos capazes de comunicar de maneira assertiva o que esperamos dos outros – transformando as relações em espaços de reciprocidade e respeito mútuo.

De forma complementar, pode-se afirmar que a Lei da Vida de Dr. Phil é um chamado à ação, um convite para que cada pessoa assuma o protagonismo de sua própria narrativa. Ao ensinar as pessoas a nos tratarem com dignidade, estamos, na verdade, reafirmando o nosso valor intrínseco e estabelecendo um padrão que serve como exemplo para os demais.

Por conseguinte, essa abordagem encoraja a construção de relações baseadas em respeito e autenticidade, na medida em que não se trata de impor regras de forma autoritária, mas de manifestar de maneira consciente o que se aceita e o que se recusa a tolerar.

 A Regra de Jordan Peterson: “Não Esconda na Névoa o que é Indesejável”

Inicialmente, é crucial compreender que, para Peterson, a existência humana é marcada por um constante enfrentamento entre ordem e caos. Ao afirmar “Não esconda na névoa o que é indesejável”, o autor convida o indivíduo a encarar os aspectos negativos, desconfortáveis ou dolorosos da vida – elementos que, se ignorados, podem se transformar em fontes de sofrimento oculto e recorrente.

Em seguida, essa regra se fundamenta na premissa de que o autoconhecimento profundo só pode ser alcançado através do confronto com aquilo que nos incomoda. Em vez de reprimir ou negar emoções e experiências negativas, é necessário trazê-las à luz, examiná-las e, assim, integrá-las ao nosso ser de forma consciente.

Além disso, essa postura exige uma coragem que transcende o simples otimismo. Ao encarar o indesejável, o indivíduo enfrenta não somente seus medos, mas também os traços sombrios de sua personalidade que, se não forem confrontados, podem comprometer a saúde mental e emocional.

Portanto, a regra de Peterson propõe um caminho de autotransformação: ao revelar e enfrentar aquilo que está encoberto, o indivíduo abre espaço para uma reconstrução interna que fortalece a sua resiliência e o prepara para os inevitáveis desafios da existência.

Ademais, essa abordagem refuta a ideia de que a ignorância é uma bênção. Pelo contrário, o ocultamento do indesejável prolonga o sofrimento, pois os aspectos reprimidos tendem a emergir de formas imprevisíveis e, muitas vezes, mais destrutivas.

O Contraponto entre as Duas Perspectivas

Inicialmente, ao colocarmos lado a lado a máxima de Dr. Phil e a regra de Peterson, identificamos uma tensão dialética entre o estabelecimento de limites nas relações interpessoais e a necessidade de confrontar os aspectos negativos da própria existência.

Por outro lado, embora pareçam distantes, ambas as ideias convergem no sentido de promover a responsabilidade pessoal. Enquanto Dr. Phil enfatiza que o modo como nos comportamos dita o tratamento que recebemos dos outros, Peterson defende que a recusa em enfrentar o indesejável impede a verdadeira integração do self.

Consequentemente, podemos afirmar que ambas as perspectivas nos chamam a abandonar a passividade. No caso de Dr. Phil, essa passividade se manifesta na aceitação silenciosa de comportamentos desrespeitosos; no caso de Peterson, na tendência de enterrar ou ignorar aquilo que nos causa dor e desconforto.

Ademais, o contraponto entre as duas posturas revela uma complementaridade essencial: ao mesmo tempo em que precisamos estabelecer fronteiras claras para que os outros nos tratem com dignidade, também é indispensável que não deixemos de encarar e integrar os aspectos sombrios e indesejáveis de nossa experiência, tampouco os comportamentos de outros que nos aborrecem.

Assim, podemos compreender que o respeito próprio e a coragem de enfrentar a realidade não são excludentes. Ao contrário, são dois lados da mesma moeda, imprescindíveis para o desenvolvimento pessoal e para a construção de relações autênticas e enriquecedoras.

Além disso, quando ignoramos o indesejável – seja na nossa interação com os outros ou no íntimo de nosso ser –, corremos o risco de reproduzir padrões de comportamento que perpetuam o ciclo do desrespeito e da negligência. Dessa forma, a mensagem de Dr. Phil sobre ensinar as pessoas a nos tratarem bem pode ser complementada pelo imperativo de Peterson de que nada deve permanecer oculto na névoa do inconsciente.

Por conseguinte, ao encarar ambas as perspectivas, o indivíduo é chamado a um processo integrador: um em que se aprende a impor limites saudáveis nas relações enquanto se enfrenta de forma honesta e corajosa o que nos limita e incomoda.

Notadamente, essa integração implica não apenas uma mudança de comportamento, mas uma transformação na maneira como percebemos a nós mesmos e ao mundo. Ela exige que abandonemos tanto a complacência diante do desrespeito quanto a negação dos aspectos dolorosos da nossa existência.

Implicações Práticas para o Cotidiano

Inicialmente, na prática, adotar a máxima de Dr. Phil significa desenvolver uma postura assertiva que se traduz na definição clara de limites em nossas relações pessoais, profissionais e sociais. Isso envolve, por exemplo, aprender a dizer “não” quando algo ultrapassa o que consideramos aceitável e a exigir respeito de forma firme, porém sem agressividade.

Desse modo, essa postura assertiva não se limita a uma simples reação defensiva, mas se configura como um exercício contínuo de autovalorização. Quando nos valorizamos, transmitimos aos outros a mensagem de que nosso bem-estar e dignidade não estão à venda, o que contribui para relações mais equilibradas e recíprocas.

Igualmente, a aplicação prática da regra de Peterson exige uma disposição para o autoconfronto, bem como para o confronto. Confrontar o indesejável pode se manifestar, por exemplo, na prática da autoanálise através da escrita reflexiva, na terapia ou em conversas honestas com pessoas de confiança. Essa atitude possibilita a identificação dos aspectos reprimidos – sejam traumas, medos ou padrões comportamentais disfuncionais – e a subsequente elaboração de estratégias para integrá-los de forma construtiva à nossa personalidade.

Por outro lado, essa Regra também implica admitir os próprios sentimentos e resolver situações que trazem sofrimento, como por exemplo, desacordos triviais e crônicos no casamento que se não resolvidos, se repetirão indefinidamente.

Além disso, essa abordagem implica que não devemos permitir que a vergonha ou o medo nos impeçam de revelar nossas fragilidades. Ao contrário, reconhecer e expor aquilo que nos causa dor é o primeiro passo para a superação, pois só assim podemos transformar o que é negativo em uma fonte de aprendizado e, eventualmente, em força.

 

Conclusão – “Nós ensinamos as pessoas a como nos tratar”

Portanto, na prática, essas regras dizem respeito a ensinar as pessoas a nos tratarem bem e confrontar o que não está bom, ao invés de tentar escondê-lo na névoa, fingindo que está tudo bem.

Por conseguinte, ao aplicar esses princípios, o indivíduo se torna apto a transformar conflitos em oportunidades de crescimento, convertendo experiências dolorosas em lições valiosas que enriquecem tanto sua vida pessoal quanto suas relações sociais.

Ademais, essa integração prática pode ser observada em diversos contextos, desde a gestão de conflitos familiares até a administração de equipes no ambiente corporativo. Em cada situação, a clareza na comunicação – estabelecendo o que é aceitável e o que não é – e a disposição para enfrentar os aspectos indesejáveis garantem uma dinâmica mais saudável e produtiva.

Finalmente, ao assumir essa postura, o indivíduo não só melhora a qualidade de seus relacionamentos, mas também fortalece sua resiliência emocional, tornando-se mais preparado para lidar com as incertezas e desafios que a vida inevitavelmente apresenta.

Nós ensinamos as pessoas a como nos tratar

O que te chamou mais a atenção neste conteúdo do “Nós ensinamos as pessoas a como nos tratar” ? Envie seu comentário 🙂

Confira outros tópicos que podem lhe interessar e acompanhe os vídeos no Canal Alta Performance.

Assine o canal alta performance e assista a outras séries e entrevistas sobre alta performance, autoconhecimento e muito mais. Inscreva-se!

Confira outros posts do blog alta performance:

Conheça e siga nossos Canais nas Mídias Sociais. Interaja e fale conosco pelos nossos perfis e saiba das novidades em primeira mão.
Twitter
 Facebook Instagram Youtube

Coloque o seu email abaixo para receber gratuitamente as atualizações do blog!

ATENÇÃO

*Eu quero receber os e-mails e informações do blog