A Coragem de Ser Grato: Reflexões Sobre a 12ª Regra de Jordan Peterson e o Significado da Vida em Abundância
Em seu livro Para Além da Ordem: Mais 12 Regras para a Vida, Jordan Peterson apresenta princípios profundos para lidar com os desafios da existência.
Neste sentido, na 12ª regra, “Seja grato, apesar do seu sofrimento”, ele nos convida a um exercício complexo: cultivar a gratidão em um mundo marcado pela dor e pelo caos.
Mas, por que devemos nos esforçar para sermos gratos? O que significa de fato viver com gratidão? Como isso se conecta à ideia cristã de uma vida em abundância?
Por que devemos nos esforçar para sermos gratos?
O peso da existência e a tentação do ressentimento
Desde o início de sua obra, Peterson reconhece que a vida é intrinsecamente difícil.
Assim, o sofrimento, para ele, não é apenas uma possibilidade, mas uma certeza. Nesse contexto, a tentação do ressentimento surge como uma resposta natural ao peso da existência.
Por isso, é fácil culpar o mundo ou outras pessoas pelas dores que enfrentamos. Contudo, ele nos alerta que sucumbir ao ressentimento é ceder à amargura, o que não apenas nos paralisa, mas também destrói nossas relações e nosso senso de propósito
Gratidão como antídoto ao caos
Peterson sugere que a gratidão é um antídoto poderoso contra o sofrimento e o ressentimento.
Deste modo, ser grato não significa ignorar a dor ou negar as dificuldades, mas reconhecer o bem que também existe e a possibilidade de crescer diante das adversidades.
Essa postura fortalece nossa resiliência e nos ajuda a enfrentar a vida com mais coragem e dignidade. É uma escolha moral que exige esforço consciente, mas que, no final, nos liberta das garras do pessimismo
A responsabilidade com as gerações futuras
A reflexão de José Monir Nasser complementa essa visão ao destacar que as gerações que nos antecederam enfrentaram lutas imensas para construir o mundo em que vivemos.
Nesta linha de raciocínio, ele nos lembra que a água na torneira, a eletricidade e a internet são conquistas que não surgiram do nada. Assim como em uma corrida de bastão, cada geração entrega à próxima o fruto de seus esforços.
Isso nos impõe uma responsabilidade: não apenas desfrutar, mas também contribuir para que o bastão seja passado adiante com ainda mais valor.
O que significa de fato ser grato?
Gratidão como consciência do bem
Daí, a gratidão começa com uma percepção clara: o bem que desfrutamos hoje é fruto de sacrifícios, esforços e conquistas que não podemos ignorar.
Então, é uma atitude que vai além de dizer “obrigado”. Pois, envolve um reconhecimento profundo de que, mesmo em meio à dor, há razões para agradecer. Essa consciência nos torna mais humildes e conectados com os outros.
A prática diária da gratidão
Assim, a gratidão não é apenas um sentimento; é uma prática.
Ou seja, podemos cultivá-la diariamente ao refletir sobre pequenas e grandes bênçãos. A escrita de um diário de gratidão, por exemplo, nos ajuda a identificar o que há de bom em nossas vidas, mesmo em dias difíceis.
Ademais, a ciência psicológica apoia essa abordagem, mostrando que pessoas que praticam a gratidão têm níveis mais baixos de ansiedade e depressão, além de relações mais satisfatórias.
Não ser ingênuo, mas consciente
Portanto, ser grato não é sinônimo de ingenuidade.
Pelo contrário, é uma escolha corajosa de enxergar o bem sem ignorar o mal. Porque o verdadeiro ato de gratidão exige enfrentar o sofrimento com os olhos abertos, reconhecendo o peso da existência e escolhendo, ainda assim, não ser consumido por ele.
A vida em abundância: uma perspectiva cristã
O significado de “vida em abundância”
O pastor Caio Fábio nos oferece uma visão cristã do que significa viver uma vida em abundância. Ele interpreta as palavras de Jesus em João 10:10 como um chamado para uma vida plena de significado, conexão e propósito.
Essa abundância não está relacionada à ausência de problemas ou à busca de riqueza material, mas sim à capacidade de viver com gratidão, coragem e amor, mesmo em meio às dificuldades.
O papel do sacrifício de Cristo
No cristianismo, a gratidão está profundamente enraizada na ideia de redenção. Assim, o sacrifício de Cristo é a maior demonstração de amor e uma razão central para a gratidão. Essa visão complementa a proposta de Peterson ao oferecer uma base espiritual para enfrentar o sofrimento: a crença de que, por meio de Cristo, podemos acessar uma força maior que nos sustenta em tempos difíceis.
Coragem e gratidão: pilares da vida abundante
A vida em abundância, portanto, é construída sobre dois pilares: coragem e gratidão.
Coragem para enfrentar os desafios inevitáveis da vida e gratidão para reconhecer as dádivas que recebemos, mesmo em meio à dor.
Essas atitudes nos conectam a algo maior do que nós mesmos, seja na forma de um propósito transcendente, de uma fé espiritual ou de um compromisso ético com as gerações futuras.
A escolha consciente de uma vida significativa
Em última análise, a 12ª regra de Peterson, da sua obra Para Além da Ordem, nos desafia a adotar uma postura ativa diante da vida.
Pois, não podemos controlar todas as adversidades, mas podemos decidir como reagiremos a elas.
Portanto, ser grato, apesar do sofrimento, é um ato de coragem e um passo essencial para viver uma vida em abundância. Pois, ao reconhecer o peso da existência e ainda assim optar pelo amor e pela gratidão, transcendemos nossas limitações e contribuímos para um mundo melhor.
A prática da gratidão não é apenas um dever moral, mas um caminho para encontrar significado e propósito. Seja pela inspiração filosófica de Peterson, pela visão histórica de José Monir Nasser ou pela espiritualidade de Caio Fábio, somos lembrados de que a vida, apesar de seus desafios, é uma dádiva a ser honrada e compartilhada.
Afinal, a corrida de bastão continua, e cabe a nós deixar um legado que inspire aqueles que virão depois.
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