A Geração Z no Mercado de Trabalho: Um Olhar Crítico sobre Resiliência e Maturidade

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A entrada da Geração Z no mercado de trabalho tem sido amplamente discutida. Muitos veículos de comunicação sugerem que as empresas enfrentam desafios para se adaptarem às demandas dessa nova geração, que nasceu entre 1995 e 2010.

No entanto, é preciso questionar essa narrativa: será que realmente o papel das empresas se ajustará completamente às características e expectativas dos jovens trabalhadores?

Sob a lente de uma análise comportamental e filosófica, inspirada no pensamento de Jordan Peterson, podemos argumentar que o verdadeiro desafio está na própria Geração Z. Esses jovens precisam desenvolver maior resiliência, capacidade de adaptação, e maturidade para enfrentar as exigências do mercado de trabalho moderno.

A Responsabilidade Individual: O Papel da Resiliência

Primeiramente, é importante entender que, em qualquer contexto profissional, a resiliência é uma competência fundamental. Jordan Peterson, em suas reflexões sobre responsabilidade individual, argumenta que os seres humanos devem ser capazes de suportar dificuldades e crescer com eles.

A Geração Z, no entanto, parece demonstrar dificuldades em lidar com processos tediosos, mas inevitáveis, que fazem parte de qualquer ambiente de trabalho.

De fato, o trânsito do ambiente acadêmico para o mundo corporativo pode ser desafiador, especialmente quando se espera um imediatismo na obtenção de resultados e reconhecimento.

Segundo um estudo publicado pela Deloitte em 2023, mais de 40% dos jovens dessa geração afirmaram que desistiram de empregos nos primeiros seis meses, alegando insatisfação com a estrutura organizacional ou a ausência de motivação intrínseca.

Contudo, essa alta rotatividade revela mais a incapacidade das empresas de fornecer sons dinâmicos; expõe uma falta de preparação emocional para lidar com a frustração e a reprodução específica ao trabalho.

Maturidade: O Valor de Entender Processos

Além da resiliência, outro fator crítico é a maturidade para compreender que a eficiência dos negócios depende, em grande parte, de processos bem estruturados.

Neste sentido, um erro comum da Geração Z, e que é frequentemente reforçado pelas redes sociais e pelo acesso instantâneo à informação, é a expectativa de que o trabalho deva sempre ser envolvente ou criativo. No entanto, a realidade é que muitos processos organizacionais são, por natureza, burocráticos e repetitivos.

Como Jordan Peterson costuma afirmar, o crescimento pessoal e profissional vem da acessibilidade das responsabilidades, por mais tediosas que parecem.

Esse processo de amadurecimento envolve a capacidade de consideração de que a disciplina e a persistência são mais importantes do que a motivação momentânea proporcionada por atividades inovadoras.

Desta maneira, pesquisas realizadas pela Society for Human Resource Management (SHRM) em 2022 revelaram que muitos gerentes de recursos humanos compartilham a Geração Z como “impaciente” e “desconectada do longo prazo”, refletindo uma falta de entendimento de que o sucesso é construído, na maior parte parte das vezes, em cima de tarefas repetitivas e não de ações ambientais e criativas.

Interação Social e Importância do Trabalho em Equipe

Além disso, é preciso considerar a habilidade de interação social, especialmente no contexto de trabalho em equipe.

Por este ponto de vista, a Geração Z, embora extremamente conectada virtualmente, muitas vezes carece de habilidades interpessoais refinadas. Sem dúvida, a cooperação humana é fundamental para o avanço social e econômico.

No ambiente de trabalho, isso significa a capacidade de conviver com diferentes personalidades, lidar com feedbacks negativos e, mais importante, desenvolver empatia e compreensão na relação ao próximo.

Um estudo de 2021 publicado no Journal of Business and Psychology aponta que a Geração Z tende a preferir ambientes de trabalho flexíveis e com menor interação social face a face, devido ao hábito de comunicação digital predominante.

No entanto, essa preferência pode ser um obstáculo à construção de relações profissionais saudáveis, baseadas na confiança e no respeito mútuo. O desenvolvimento dessas habilidades interpessoais deve ser uma prioridade para qualquer jovem que almeje alcançar sucesso a longo prazo.

Educação Superficial: O Perigo de Conhecimentos Rápidos e Incompletos

Outro aspecto preocupante da Geração Z no mercado de trabalho é a tendência a consumir informações de forma superficial.

Com a popularização das ferramentas de inteligência artificial e a abundância de resumos de livros e artigos, muitos jovens não tem o hábito de leitura profunda e análise crítica.

Nesta perspectiva, devemos destacar a importância do estudo sério e da pesquisa científica para o desenvolvimento de um pensamento sólido e independente. Depender de resumos e IA para “saber o que pensar” não apenas empobrece a formação intelectual, como limita a capacidade de solução de problemas complexos.

Pesquisas da American Psychological Association (APA) em 2023 mostram que cerca de 60% dos estudantes universitários da Geração Z preferem resumos rápidos e tutoriais online a leituras extensas e aprofundadas.

Essa abordagem fragmentada do aprendizado pode explicar porque muitos jovens têm dificuldade em enfrentar tarefas que exigem foco prolongado e dedicação contínua no ambiente profissional. Sem essa habilidade, aprofundar-se em temas, questiona e agregar valor real em uma carreira de longo prazo é mais difícil.

A Contrapartida Necessária

Portanto, embora as reportagens frequentemente retratem as empresas como responsáveis ​​por se adaptarem às demandas da Geração Z, a contrapartida é igualmente necessária.

O mercado de trabalho não é, nem deve ser, um ambiente que muda de acordo com as vontades de cada geração. A realidade é que o sucesso profissional exige, em sua essência, resiliência, maturidade, capacidade de interação e o desejo de aprender de maneira profunda e constante.

Afinal, o desenvolvimento pessoal e profissional é um processo árduo, mas enriquecedor, que exige enfrentar dificuldades e superar obstáculos.

Para a Geração Z, isso significa deixar de lado a expectativa de que o trabalho seja sempre excitante e aceitar que o crescimento muitas vezes surja do compromisso com o tedioso e o desafio. Só assim será possível construir uma carreira sólida e alcançar o sucesso desejado.

Por outro lado, para as empresas utilizar a tecnologia para automatizar, além de utilizar a IA para aperfeiçoar o trabalho e a cultura organizacional.

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