A Importância do Letramento Científico

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A Importância do Letramento Científico – o PISA é um programa que, há 20 anos, investiga de diferentes maneiras a questão do letramento científico: “o que é importante para os jovens saberem, valorizarem e serem capazes de fazer em situações que envolvam Ciência e Tecnologia?” (OCDE, 2015). Nesse contexto, é fundamental questionar o que um jovem de 15 anos precisa conhecer, não apenas em termos de princípios científicos e terminologias, mas também no que se refere à valorização da ciência, à aplicação prática e à capacitação no pensar e agir científico no dia a dia.

Índice de Letramento Científico

Primordialmente, temos o índice de 2014 sobre letramento científico, realizado pelo Instituto Abramundo (GOMES, 2015). Este levantamento classifica o letramento científico em quatro níveis: não científico (nível 1), rudimentar (nível 2), básico (nível 3) e proficiente (nível 4). Analisando nove capitais, incluindo as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal, chegou-se aos seguintes resultados: 16% dos brasileiros, de 15 a 40 anos, dessas regiões estão no nível 1; 48% encontram-se no nível 2; 31% no nível 3; e apenas 5% atingiram o nível 4.

Desafios na Educação Científica

Portanto, é interessante notar que, apesar da falta de continuidade do estudo, verificou-se que “cerca de metade dos entrevistados afirma que faria com dificuldade ou não seria capaz de estimar o consumo de energia de aparelhos elétricos a partir de suas especificações técnicas (48%) ou calcular a quantidade de combustível necessária para chegar a um determinado destino conhecendo a distância e a média de consumo por km do veículo (55%). Mesmo para os indivíduos classificados no nível ILC-4, nota-se que mais de 30% apresentam esta característica” (GOMES, 2015, p. 57). Diante desses dados, surge a necessidade de refletir sobre teorias e abordagens científicas que possam sustentar um exame mais amplo dos processos de ensino e aprendizagem relacionados ao letramento científico.

A Evolução do PISA

Recentemente, a liderança no PISA, anteriormente da Finlândia, deslocou-se para a Ásia, com China e Singapura ocupando os primeiros lugares. Contudo, essa avaliação traz preocupações, pois a pedagogia na China é rigorosa e opressiva, resultando em aumento nos índices de suicídio entre estudantes e uma pressão extrema sobre a matemática. Neste cenário, o excelente desempenho está mais associado à produtividade e competitividade econômica do que a uma proposta pedagógica ou formativa para os estudantes.

Importância da Ciência e Tecnologia

Ademais, a ciência e a tecnologia são essenciais para que o jovem desenvolva autoria, autonomia, capacidade de compreender a realidade e interferir nela, tornando-se protagonista na sociedade. O mundo digital, altamente matemático, exemplifica essa necessidade com programação, análise digital e manejo de megadados. No Brasil, entretanto, o ensino de matemática no ensino médio é deficitário, com taxas de aprendizado entre 2% e 5%.

Preparação para a Iniciação Científica

Dessa forma, é imperativo construir uma juventude preparada para a iniciação científica, utilizando isso como uma alavanca para autoria e protagonismo comunitário. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) enfatiza o protagonismo do estudante, mas isso só se realiza plenamente com um entendimento profundo e não meramente decorativo.

O Papel do Professor

Além disso, a confiança no professor é crucial. O Ministério da Educação (MEC) frequentemente impõe métodos específicos, como o fonético para alfabetização, limitando a autonomia docente. Um professor deve ter a capacidade de decidir os melhores métodos para alfabetização e educação científica, preparando os alunos para o mercado de trabalho como propositores e formuladores de suas próprias metodologias pedagógicas.

Exigências do Mercado

De fato, os empresários valorizam habilidades como pesquisa e até espiritualidade, buscando profissionais que sejam proativos e visionários. No entanto, a escola contemporânea muitas vezes não prepara os alunos para essas demandas, priorizando uma educação passiva e crítica, mas submissa.

Exemplos Internacionais

Por outro lado, exemplos internacionais como Linn e Eylon (2011) mostram a importância de plataformas inovadoras, como a WISE, onde crianças podem realizar experimentos virtuais. Nos Estados Unidos e Europa, existem iniciativas que tomam a ciência na escola seriamente, com laboratórios bem equipados e consórcios com a indústria, como na Alemanha.

Ciência na Ásia

Por outro lado, a Ásia, especialmente Japão e Coreia, também tem avançado na valorização da ciência, embora muitas vezes de forma instrucionista. A abordagem pedagógica chinesa, por exemplo, é extremamente focada na matemática, ignorando a formação integral da criança, resultando em um ambiente estressante e opressor.

A Escola como Cárcere

Em contrapartida, Foucault (1987) compara a escola a um cárcere, o que nos leva a repensar o modelo educacional atual. A escola deve focar no bem-estar do aluno, como na Finlândia, onde as crianças fazem suas atividades na escola e têm tempo para conviver com a família e brincar.

Propostas Inovadoras

Finalmente, propostas como as de José Pacheco (2008) na Escola da Ponte eliminam anos, ciclos e paredes, promovendo sessões de estudo individualizadas e em grupo. O aluno é acompanhado de perto, participa de assembleias e define valores, contribuindo para uma educação que valoriza a autoria e protagonismo.

Em resumo, a educação científica precisa ser repensada e adaptada para preparar os jovens para um mundo em constante evolução, valorizando a ciência, a autonomia e o protagonismo desde cedo.

 

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