A vida é um vasto oceano de possibilidades, onde cada onda traz consigo sinais, indícios que guiam nossa jornada. Esses sinais não são simplesmente acasos do destino, mas reflexos profundos das escolhas que fazemos e das percepções que cultivamos. Neste vasto mar, somos os capitães de nossos barcos, responsáveis por traçar rotas, enfrentar tempestades e encontrar os portos desejados.
Ao refletirmos sobre as obras e ideias de Jordan Peterson, Carl Jung e Stephen Covey, emergem conceitos que iluminam nossa compreensão sobre a importância da percepção, da escolha consciente e da transformação pessoal.
A Vida dá Sinais
A vida dá sinais , mas é preciso estar atento para percebe-los. Essa percepção é o seu leme. Pode levá-lo a navegar por belas costas marítimas, longínquos oceanos, atracar em um ribeiro ou nem sair do porto, com medo da maré. Estar alerta aos sinais da vida permite protagonizar com excelência sua história.
Saber que você é que está no leme é tanto uma boa, quanto uma má notícia. A má é que a carga está no seu barco. A boa, que a escolha é sua.
Quando decidi conquistar o tetracampeonato mundial de karate, sabia exatamente o que tinha que superar. Os desafios podem causar efeitos espantosos no nosso ânimo, se deixarmos.
É ingênuo negar que existem reações fisiológicas relevantes para cada pensamento. Especialmente quando deixamos esses pensamentos serem mais forte do que queremos.
Dominar os Pensamentos no Dojô
Por essa razão, dominar meus pensamentos sempre foi uma estratégia de combate para mim. A determinação de vencer, me fazia, literalmente, escolher os pensamentos que teriam lugar na minha mente. É claro que as queixas sequer tinham lugar.
Não importava se a dor era forte, se o árbitro era um insano, se a organização do evento exigia fôlego de maratonista; minha mente determinava meu comportamento. Nessa experiência de vida, minhas ações só tinham um foco: o 1º lugar no pódium. Lutas invictas, técnicas aplicadas, medalhas douradas no peito e a certeza de missão cumprida. O 2º lugar estava reservado ao primeiro perdedor, não para mim. Nem sempre foi assim, ao contrário, houve derrotas, mas a determinação de conquistar o melhor resultado faz muita diferença.
Quando refletimos sobre algumas situações difíceis que estamos vivenciando, percebemos que ela não poderia ser diferente. Porque se formos bastante honestos, é suficiente perguntar a si mesmo: por que com os pensamentos, comportamentos e escolhas que faço teria uma vida diferente? Afinal, eles se refletem nas nossas ações!
Se assimilarmos isso, entenderemos nossa história de vida. Porém, proponho mais que compreender: mudar.
Se conseguirmos utilizar com sabedoria essas percepções, isso se refletirá nas nossas opções. Que poderão estar mais coerentes com aquilo que queremos e acreditamos ser o melhor para nós.
Esses sinais da vida que anunciam um fracasso ocorrem de várias formas e em vários momentos. São aqueles que você não deu bola quando percebeu, por exemplo, no namoro, que aquela pessoa não o faria feliz no casamento, mas casou assim mesmo. Ou quando sentiu que aquele negócio era muito confuso, não daria certo, mas mesmo assim assinou os papéis.(29/10/2016).
A Percepção como Leme
Em seu caminho rumo ao autodomínio, Jordan Peterson nos lembra da importância da percepção. Cada ação, cada escolha, é moldada pela forma como interpretamos o mundo ao nosso redor. Assim como um capitão atento aos sinais do mar, devemos estar alertas aos indícios que a vida nos oferece.
Carl Jung, por sua vez, nos convida a explorar as profundezas da psique, onde os símbolos e arquétipos revelam verdades ocultas sobre nós mesmos. A jornada rumo à individuação, conforme Jung descreve, exige que enfrentemos as sombras internas e integremos os aspectos mais profundos de nossa existência.
E em meio a essa exploração, encontramos as sábias palavras de Stephen Covey, que nos lembra que somos os mestres de nosso destino. Cada escolha, por menor que seja, molda o curso de nossas vidas. A consciência de que somos responsáveis pelo leme de nosso barco é tanto um fardo quanto uma dádiva.
O Poder da Escolha Consciente
Ao traçarmos paralelos entre esses três pensadores, percebemos que o poder da escolha consciente é uma constante em suas obras. Peterson nos ensina que a autodisciplina e o autocontrole são fundamentais para superar os desafios que encontramos em nossa jornada. Seus ensinamentos sobre a importância de “limpar seu quarto” e assumir responsabilidades ecoam a ideia de que cada escolha tem consequências.
Jung, por sua vez, nos convida a mergulhar nas profundezas do inconsciente, onde encontramos os impulsos e motivações que muitas vezes escapam à nossa percepção consciente. Ao trazer à luz os conteúdos da sombra, Jung nos capacita a fazer escolhas mais alinhadas com nossa verdadeira natureza.
E Covey, com seus princípios de eficácia pessoal, nos lembra que somos responsáveis por nossas próprias vidas. Suas ideias sobre “começar com o fim em mente” e priorizar o que é realmente importante refletem a necessidade de uma escolha deliberada e intencional.
Transformando Desafios em Oportunidades
A vida, como uma jornada marítima, está repleta de desafios e adversidades. No entanto, são esses desafios que nos oferecem oportunidades de crescimento e transformação. Quando enfrentei o desafio de conquistar o tetracampeonato mundial de karatê, compreendi que a verdadeira batalha ocorria dentro de mim.
Assim como nas lutas que enfrentei, onde a determinação e o foco no primeiro lugar eram imperativos, na vida cotidiana também somos confrontados com escolhas que moldam nosso destino. A percepção aguçada dos sinais que a vida nos oferece nos capacita a tomar decisões mais alinhadas com nossos valores e aspirações.
Por vezes, os sinais da vida nos alertam para o iminente fracasso. São as vozes interiores que sussurram que algo está errado, que uma escolha pode nos levar ao naufrágio. No entanto, é com coragem e discernimento que podemos navegar essas águas turbulentas e encontrar o caminho para águas mais serenas.
Conclusão: Navegando Rumo à Autenticidade
Em última análise, a vida é uma jornada de autodescoberta e autotransformação. Ao integrarmos as lições de Peterson, Jung e Covey, compreendemos que a percepção, a escolha consciente e a transformação pessoal são os pilares que sustentam nossa jornada.
Como capitães de nossos próprios barcos, somos chamados a navegar por mares desconhecidos, enfrentar tempestades e descobrir novos horizontes. Que possamos, então, estar atentos aos sinais da vida, honrar nossos valores mais profundos e encontrar o verdadeiro significado em nossa jornada rumo à autenticidade e realização pessoal.
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