Análise Crítica da Política Econômica Brasileira

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Análise Crítica da Política Econômica Brasileira

A economia brasileira tem sido alvo de intensos debates nos últimos anos, especialmente no que tange às políticas adotadas pelo governo atual. Figuras proeminentes como Ciro Gomes, ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda, e Paulo Guedes, ex-ministro da Economia, têm expressado críticas contundentes sobre os rumos econômicos do país.

Este artigo busca analisar essas críticas, destacando pontos como o aumento do déficit público, a situação das estatais e a perda do poder aquisitivo da população.

Importante registrar que os dados do Banco Central e os da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas, de acordo com o atual Governo não podem ser comparados, uma vez que cada um dos relatórios avalia indicadores diferentes. Entretanto, em qualquer um dos relatórios, verifica-se que houve superávit nas estatais no Governo Bolsonaro e há expressivo déficit no atual Governo Lula, o que não ocorreu em 2003.

Situação Econômica no Final do Governo Bolsonaro

No término do governo de Jair Bolsonaro, a economia brasileira apresentava sinais mistos. Embora houvesse desafios significativos, algumas métricas indicavam estabilidade relativa. Por exemplo, as estatais federais registraram superávits consecutivos durante o mandato de Bolsonaro, acumulando um total de R$ 31,1 bilhões. Esse desempenho positivo contrastava com períodos anteriores de déficits e indicava uma gestão mais eficiente dessas empresas.

Aumento do Déficit Público no Atual Governo

Com a ascensão do governo atual, observou-se uma deterioração nas contas públicas. Ciro Gomes destaca que, em apenas dois anos, a dívida pública brasileira aumentou de R$ 7 trilhões para R$ 9,3 trilhões, um crescimento alarmante que ele atribui a políticas fiscais irresponsáveis.

Essa expansão do endividamento público é preocupante, pois compromete a capacidade do Estado de investir em áreas essenciais e pode levar a aumentos futuros na carga tributária para cobrir os déficits.

Desempenho das Estatais

Outro ponto de crítica refere-se ao desempenho das empresas estatais sob a atual administração. Dados indicam que, de janeiro a agosto de 2024, as estatais brasileiras registraram um déficit de R$ 9,76 bilhões, o maior nível da série histórica.

  • Em 2003-2006 -> houve superávit de R$ 42,02 bilhões
  • Em 2007-2010 -> houve superávit de 9,23 bilhões
  • Em 2011-2014 -> houve déficit de R$ 7,53 bilhões
  • Em 2015-2018 -> houve déficit de R$ 1,79 bilhões
  • Em 2019-2022 -> houve superáviti de R$ 31,16 bilhões
  • Em 2023-2024 (até agosto) -> houve déficit de 9,76 bilhões

Sendo que em 2023, as empresas estatais apresentaram déficit de R$ 2,4 bilhões. Ou seja, em cerca de 6 meses, os prejuízos das estatais mais que triplicaram.

Trata-se do maior rombo das estatais no século 21, isso até setembro de 2024, de acordo com os dados do Banco Central, segundo apurou o site Poder360.

Esse resultado negativo é preocupante, especialmente considerando que, durante o governo anterior, essas empresas apresentaram superávits significativos. A reversão desse cenário sugere uma possível má gestão ou políticas que desfavorecem a eficiência operacional das estatais.

Lula quer retirar as estatais do Orçamento

O Governo atual quer retirar as estatais do Orçamento tradicional da União, uma manobra na contabilidade tradicional, Dessa forma, os prejuízos delas não serão contabilizados, o que tornará mais difícil controlar os gastos dessas empresas, de acordo com especialistas.

Na verdade, trata-se de um drible no arcabouço fiscal, pois abrirá espaços para novas despesas, sem que conste como gastos do Governo. Portanto, sem ter que obedecer aos limites fiscais.

Perda do Poder Aquisitivo da População

A desvalorização do real frente ao dólar tem impactado diretamente o poder de compra dos brasileiros. Ciro Gomes argumenta que a alta da moeda americana encarece produtos importados e insumos dolarizados, pressionando a inflação e reduzindo a renda disponível da população.

Essa situação é agravada por políticas econômicas que, segundo ele, não incentivam a produção nacional, aumentando a dependência de importações.

Críticas de Paulo Guedes ao Atual Governo

Paulo Guedes, que atuou como ministro da Economia durante o governo Bolsonaro, também expressou preocupações em relação às políticas econômicas atuais. Ele destaca que a falta de compromisso com reformas estruturais e a expansão descontrolada dos gastos públicos podem levar o país a uma crise fiscal profunda.

Guedes enfatiza a importância de manter uma disciplina fiscal rigorosa para garantir a sustentabilidade econômica e evitar retrocessos nos avanços conquistados nos últimos anos.

Propostas de Ciro Gomes para a Economia Brasileira

Em suas análises, Ciro Gomes não apenas critica, mas também apresenta propostas para reverter o cenário econômico atual. Ele defende uma política econômica que priorize a produção nacional, com investimentos robustos em infraestrutura e educação, visando aumentar a competitividade do país no mercado internacional.

Além disso, propõe uma reforma tributária progressiva, que alivie a carga sobre os mais pobres e aumente a contribuição dos mais ricos, promovendo justiça fiscal e reduzindo as desigualdades sociais.

Estatais Lucrativas no Governo Bolsonaro e Deficitárias no Governo Lula

Durante o governo Bolsonaro, as estatais federais registraram lucros substanciais. Em 2021, por exemplo, o lucro consolidado foi de R$ 188 bilhões, impulsionado principalmente por empresas como Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

No entanto, em 2024, observou-se uma reversão nesse cenário. As estatais federais apresentaram um déficit de R$ 3,3 bilhões entre janeiro e agosto, com projeções indicando que o ano poderia fechar com um déficit de R$ 3,7 bilhões, o maior em 15 anos.

Empresas como a Emgepron e os Correios foram destaque nos resultados negativos. A Emgepron registrou um déficit de R$ 2,5 bilhões, enquanto os Correios apresentaram um déficit de R$ 2,1 bilhões no período mencionado.

Acusações de Manipulação de Dados Econômicos no Governo Bolsonaro

Eduardo Moreira acusou o governo Bolsonaro de manipular dados econômicos, especificamente no Boletim Focus do Banco Central. Ele alegou que algumas instituições financeiras inflaram estimativas de inflação para elevar a média e influenciar decisões de política monetária.

Contudo, não há evidências concretas de que o governo Bolsonaro tenha manipulado diretamente os dados econômicos oficiais. As acusações de Moreira parecem direcionadas às práticas de certas instituições financeiras na formação de expectativas de mercado, e não a uma manipulação governamental direta.

“Crescimento Econômico Comprado” e Programas Sociais

Moreira criticou o governo Bolsonaro por “comprar” crescimento econômico por meio de programas como o Auxílio Brasil, sugerindo que tais medidas foram utilizadas para impulsionar artificialmente a economia.

No entanto, o governo Lula também ampliou programas sociais, como o Bolsa Família, aumentando o número de beneficiários e os valores pagos. Essa expansão visa mitigar a pobreza e a desigualdade, mas também pode ser interpretada como uma tentativa de estimular o consumo e, consequentemente, o crescimento econômico.

Avaliação de Paulo Guedes como Ministro da Economia

A afirmação de Moreira de que Paulo Guedes foi o “pior ministro da Economia” do Brasil é subjetiva e depende dos critérios utilizados para avaliação. Durante sua gestão, o Brasil enfrentou desafios significativos, incluindo a pandemia de COVID-19, que impactou profundamente a economia global.

Alguns críticos apontam que as reformas prometidas por Guedes, como a tributária e a administrativa, não avançaram conforme o esperado. Por outro lado, defensores destacam medidas como a aprovação da reforma da Previdência e o auxílio emergencial durante a pandemia como pontos positivos de sua gestão.

Considerações Finais

As análises de Eduardo Moreira refletem uma perspectiva crítica em relação às políticas econômicas dos governos Bolsonaro e Lula. Suas opiniões, embora contundentes, devem ser contextualizadas dentro do debate econômico mais amplo, considerando as complexidades e os desafios enfrentados pelo Brasil nos últimos anos.

As críticas de Ciro Gomes e Paulo Guedes à política econômica do atual governo levantam questões cruciais sobre a gestão fiscal e suas consequências para a população brasileira. O aumento expressivo do déficit público, o desempenho negativo das estatais e a perda do poder aquisitivo são sinais de alerta que demandam uma reflexão profunda sobre os rumos da economia nacional.

As propostas apresentadas por Ciro Gomes oferecem caminhos alternativos que merecem ser debatidos, visando a construção de um modelo econômico mais sustentável e justo para o Brasil.

A análise das empresas estatais brasileiras revela mudanças significativas em seus desempenhos financeiros entre os governos de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.

 

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