Como adotar a Melhor Decisão em Momentos de Difícil Escolha?

By Redação

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Difícil Escolha – Imagine você que precisa encarar uma difícil escolha , como decidir-se pela melhor opção?

Suponha que gosta de duas atividades profissionais bem distintas, cuja compatibilidade não é possível, como escolher? Ou imagine que tenha de decidir-se por qual cidade morar. Ou entre ser um empreendedor ou estudar para concurso público…

Nesses momentos de difícil escolha, sentimos fortes angústias.

Talvez porque interpretamos mal as escolhas difíceis e o papel que têm em nossas vidas. Aliás, entender esses momentos de decisão, nos capacita a entender um poder que todos possuímos. Falemos a respeito.

O que torna uma escolha difícil é a maneira como as alternativas se relacionam. Quando é fácil selecionar uma opção é porque uma alternativa é notadamente melhor do que a outra.

Porém, quando a escolha é difícil é porque uma alternativa é melhor em certos aspectos e ruim em outros, e vice-versa. Nesses casos, nenhuma das duas é melhor no geral.

Em consequência, ao decidimos ficar em certo emprego para garantir a vantagem de não precisarmos nos locomover de carro porque é no mesmo quarteirão de casa, deixamos de experimentar as chances de adquirir novos aprendizados que uma outra atividade profissional proporcionaria.

Mas, não devemos pensar que todos essas difíceis decisões são grandes, algumas, ao contrário, são bem pequenas, muitas vezes, triviais.

Conceito Equivocado presente na Difícil Escolha

Na maioria das vezes, decidimos pela alternativa que nos parece mais segura porque o medo do desconhecido é o padrão motivacional comum no trato de escolhas difíceis.

Isso baseia-se em um conceito equivocado de que nas escolhas difíceis uma alternativa é realmente melhor do que a outra e que apenas não somos sábios a ponto de enxerga-la. Daí, optamos pela que parece menos arriscada.

Mesmo quando listamos os pontos favoráveis e desfavoráveis de cada alternativa, a escolha ainda pode ser muito difícil.

Escolhas difíceis são difíceis não por falta de sabedoria, mas porque não há uma alternativa melhor. Não se pode dizer que as opções não são igualmente boas.

A questão não é que a escolha em si seja problemática e a comparação entre as opções seja impossível. Mas que talvez haja uma suposição irrefletida a respeito de valores. O mundo dos valores é diferente do mundo da ciência, este pode ser muitas vezes quantificado por números, aquele, não. Portanto, a escolha difícil não se baseia na condição de uma opção ser melhor, pior ou de igual valor a outra, mas na possibilidade de estarem em pé de igualdade. Na mesma condição de valores, embora sejam diferentes.

É exatamente isso que faz uma escolha ser difícil.

Poder de Criar Razões em Momentos de Difícil Escolha

Isso nos leva a perceber que cada um de nós tem o poder de criar razões. Razões que nos levam a escolher determinado cônjuge, determinado emprego, determinado lugar para morar.

Em um mundo de escolhas fáceis seríamos escravos das razões, uma vez que é mais racional escolher pela melhor opção. Porém, em um mundo em que as opções estão no mesmo pé de igualdade, as razões que determinam se estamos cometendo um erro ficam em silêncio sobre o que fazer.

É no espaço das escolhas difíceis que exercitamos nosso poder normativo de criar razões para nós mesmos.

É essa capacidade que nos torna autores de nossas próprias vidas. É esse poder que não nos deixa à deriva permitindo que o mundo escreva a história de nossas próprias vidas.

Por isso, diante de uma escolha difícil, não procure por razões externas a você, mas por razões internas do tipo: quem eu devo ser? A resposta a essa indagação é a sua razão; só depende de você.

Assim, ao invés de ser fonte de agonia e de pavor, escolhas difíceis são uma dádiva, uma oportunidade especial para celebrar nossa condição humana porque a razão que governa nossas escolhas como corretas ou incorretas às vezes acaba, daí é nos momentos do desafio da escolha que podemos criar razões para nós mesmos.

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