O Invencível Poder da Escolha: Um Chamado à Essencialidade

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O Invencível Poder da Escolha: Um Chamado à Essencialidade

Redescobrindo a Liberdade Interior 

Inicialmente, pode parecer que o poder da escolha é um privilégio evidente e inerente ao ser humano.

No entanto, Greg McKeown, no capítulo 2 de sua obra Essencialismo: A disciplinada busca por menos, nos convida a revisitar esse conceito sob uma nova luz.

Afinal, longe de ser uma mera faculdade passiva, a escolha é, conforme o autor propõe, uma ação deliberada, um ato de vontade, uma prática que precisa ser cultivada em meio à pressão social, à sobrecarga de opções e ao automatismo da rotina.

Desconstruindo a Ilusão da Escolha

Primordialmente, McKeown desafia uma suposição comum: a de que a capacidade de escolha é algo que sempre exercemos. Ele revela que, com o tempo, muitos de nós perdemos esse senso de autonomia, como se estivéssemos presos a um sistema invisível de exigências e expectativas. Não raro, confundimos o “ter que fazer” com o “querer fazer” e, assim, passamos a viver em função das demandas externas.

Consequentemente, essa confusão gera uma sobrecarga, levando-nos a aceitar tarefas, compromissos e responsabilidades que não estão alinhadas com o que realmente importa. A escolha, portanto, se degenera em obrigação, e a liberdade pessoal se dissolve no caos do cotidiano.

O Conceito de Impotência Aprendida

Posteriormente, McKeown recorre à psicologia para explicar por que tantas pessoas abdicam da própria capacidade de escolha. Ele cita o experimento conduzido pelos psicólogos Martin Seligman e Steven Maier com cães da raça pastor-alemão. Os animais eram expostos a choques elétricos dos quais não podiam escapar. Mais tarde, mesmo quando a fuga era possível, os cães permaneciam inertes, como se tivessem aprendido que não havia alternativa. Essa condição foi chamada de “impotência aprendida”.

Analogamente, muitos seres humanos internalizam essa mesma paralisia psicológica. De tanto viverem sob pressão ou frustração, convencem-se de que não têm mais escolha. Abdicam da própria vontade e operam em um modo reativo, onde a vida é algo que lhes acontece, não algo que constroem ativamente.

A Escolha Como Princípio Essencialista

Fundamentalmente, McKeown resgata a escolha como o cerne da vida essencialista. Para ele, o essencialismo não é um dogma minimalista, mas um critério para distinguir entre o que é vital e o que é trivial. E esse discernimento começa com a recuperação consciente do poder de escolher.

Por conseguinte, escolher é mais do que reagir a opções externas; é um ato de intenção. Implica perguntar-se constantemente: “O que é verdadeiramente importante neste momento?” e, a partir disso, eliminar aquilo que desvia o foco do essencial. A escolha, então, não é um luxo, mas uma responsabilidade pessoal.

Consequências de Viver sem Escolher

Naturalmente, a ausência de escolhas conscientes leva a uma existência fragmentada e esvaziada de significado. As pessoas se veem comprometidas com uma infinidade de tarefas e projetos que não refletem seus valores ou objetivos. Vivem em um estado de constante exaustão, buscando agradar a todos e falhando em ser fiéis a si mesmas.

Ademais, essa renúncia ao poder de escolher afeta também a autoestima e a percepção de controle sobre a própria vida. O sujeito que não escolhe é, na prática, um sujeito escolhido pelo mundo — um peão no tabuleiro dos interesses alheios. Sua agenda está sempre lotada, mas raramente se sente realizado.

Ressignificando o Cotidiano pela Escolha

Posteriormente, ao retomar o controle por meio da escolha consciente, a vida começa a ganhar novo contorno. Pequenas decisões, antes automáticas, passam a ser oportunidades de alinhamento com os próprios valores. Escolher o que fazer, com quem estar, quando dizer “sim” ou “não” deixa de ser uma carga para se tornar uma declaração de identidade.

Portanto, o essencialismo é uma prática de liberdade. Ao escolher menos, com mais critério, escolhe-se melhor. E esse “melhor” não é ditado pelo mercado, pela moda ou pela pressão social, mas por uma convicção interna, cultivada no silêncio do autoconhecimento.

Superando a Impotência Aprendida

Decididamente, o caminho para sair da impotência aprendida exige coragem. Requer que o indivíduo desafie os condicionamentos internos e externos que o convenceram de que não havia alternativa. Requer que ele redescubra, como propõe McKeown, que a escolha é sempre possível, mesmo quando as opções parecem escassas.

Afinal, a escolha essencialista é menos sobre quantidade e mais sobre qualidade. É um retorno ao essencial: ao que não pode ser negligenciado sem sacrificar a integridade do ser. Ao assumir esse poder, o indivíduo também assume a responsabilidade por sua própria história.

Conclusão: Escolher é Viver com Propósito

Em suma, o capítulo “Escolher: O invencível poder da escolha” é um convite urgente para que deixemos de lado o papel de vítimas do tempo e das circunstâncias, e reassumamos o protagonismo de nossas vidas. Escolher é o primeiro passo para viver com intenção, com clareza e com propósito.

Portanto, que cada um de nós se lembre: não temos que fazer tudo. Temos que escolher o que é essencial. E, ao fazê-lo, redescobrimos nossa liberdade mais fundamental: a de viver como autores, não como personagens secundários, de nossa própria existência.

 

Por Carla Ribeiro Testa

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